domingo, 9 de maio de 2010

Mundial das Redes Sociais!

Juntar um estádio de futebol lotado, uma torcida que grita freneticamente, um jogador concentrado para bater um penalti e, finalmente, um golo! É a cena perfeita para uma publicidade às vésperas do Mundial, correcto? Nem por isso. Segundo executivos das grandes agências de publicidade, que gerem empresas como Ambev, Procter & Gamble, entre outras, o grande desafio comercial para o Mundial que se aproxima é fugir dos clichés futebolísticos tradicionais e conseguir transportar as características e o olhar próprio de cada marca para o tema.
Para cumprir a tarefa de apresentar uma campanha diferenciada, o mercado publicitário concentra esforços que começam muito tempo antes do lançamento das campanhas. Começam a trabalhar o próximo Mundial quando termina o actual. Tanto esforço vale a pena quando os números são observados com atenção, tendo um crescimento que ultrapassa os 10% no mercado publicitário.
No ano passado por conta da crise, as campanhas eram mais práticas, visavam as vendas imediatas. Agora são campanhas mais temáticas, que usam as emoções e associam as marcas ao grande evento que é o Mundial.
Em todo o globo diversas campanhas publicitárias são lançadas, além de tanta originalidade, o Mundial deste ano tem um facto inédito: é o primeiro que acontece sob o 'reinado' das redes sociais e das mídias digitais como, Facebook, Twitter e Youtube, que exigem campanhas específicas e uma linguagem e dinâmica bem diferente do que se fazia na televisão, jornais e revistas.
Vais ser o Mundial das redes sociais, afinal a publicidade para as redes sociais já deixou de ser tendência se tornando uma realidade. Um exemplo é a campanha realizada pela Ambev no Brasil, chamado Concurso Torcida Skol (www.skol.com.br/futebol) que utilizando os conceitos de marketing tribal e viral tem chamado a atenção do público jovem para a campanha. Outro exemplo é a campanha 'El Xavecón', criada para Gillete, da Procter & Gamble, (www.elxavecon.com.br) que dá uma viagem à África do Sul para quem "xavecar" (paquerar) melhor em portunhol, os vídeos devem ser postados no Youtube e divulgado no Twitter e Facebook.
Já é difícil de acreditar que exista alguma marca, de relevância, que não considere as mídias sociais no momento de lançar uma campanha publicitária.

4 comentários:

  1. De facto, a febre do futebol atinge dimensões completamente diferentes com a internet e as redes sociais... O mundial acaba por funcionar como uma "desculpa" para vender, mesmo produtos em nada relacionados com o desporto em causa.
    Um exemplo que encontrei é o da marca Toshiba que se compromete, se Portugal ganhar o Mundial, a devolver o valor pago pelo portátil comprado ao consumidor.

    Compre um portátil Toshiba, com o mais recente processador Intel® Core™ i5, ou uma TV Toshiba que nós oferecemos se Portugal for campeão.
    À semelhança de qualquer grande jogador, os portáteis e televisores Toshiba oferecem sempre qualidade, fiabilidade e entretenimento de alta qualidade.

    Curioso, ah?

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  2. Aproveitando aquele fenómeno de os homens nunca se lembrarem de nada, mas terem uma memória prodigiosa para todos os golos, lances, resultados, dribles, faltas, remates, cartões e etc de TODOS! os jogos de futebol, mesmo aqueles realizados há MUITO! tempo, a NIKE, lançou um concurso no Facebook onde pretende testar conhecimentos passados dos internautas.
    Sob a designação "Achas que sabes tudo sobre futebol?", a Nike convida quem aceder a http://apps.facebook.com/nike-masterquiz/ a mostrar a todos os fãs de futebol como são um Ás. Os melhores habilitam-se a ganhar equipamentos da Selecção Nacional

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  3. Mais um exemplo - Marketing digital e o mundial:
    Sony Ericsson procura bloguista para ir ao Mundial da África do Sul:
    http://www.marketeer.pt/2010/03/11/sony-ericsson-procura-bloguista-para-ir-ao-mundial-da-africa-do-sul/
    O objectivo é recrutar um consumidor que viajará, acompanhado, até à África do Sul, com gastos pagos e um ordenado de 1.000 euros, para escrever a sua experiência num blogue.

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  4. Não acham que os consumidores vão acabar por ficar saturados e cansados?

    Não sei mas vamos acabar por aprender formas de reagir contra a avalanche de concursos, de prémios e benesses dados pelas marcas.

    Talvez seja este o aspecto pernicisioso de tudo isto.

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