segunda-feira, 28 de março de 2011

Obama, Gibbs e Facebook



Robert Gibbs. Provavelmente este é o nome de alguém que não surte qualquer tipo de efeito sobre nós. Mas a verdade, é que é uma pessoa consideravelmente influente, tendo sido um dos cérebros da campanha política a presidente de Barack Obama, como director de comunicações.

Um excelente estratega na área de comunicações e astuto q.b., ganhou a alcunha “The Enforcer”, sendo alvo de controvérsia tanto pelos seus pares, como pelos seus adversários; usa – sem medo – métodos agressivos, de resposta rápida, “sem dó nem piedade”, para combater tácticas de desinformação dos adversários.

Existem vários exemplos de resposta rápida de Gibbs, como quando meios da comunicação social conservadora dos EUA publicaram "Obama is a Muslim" ou mesmo os comentários do antecessor, George W. Bush, falando acerca da política externa de Obama.

Recentemente, Janeiro de 2011, anunciou sair do cargo que possuía na White House, embora continuando como conselheiro. Foi ainda veiculado que iria iniciar a preparação da campanha de reeleição de Obama.

Mas... Porquê falar nisto? O que isto tem a ver com o nosso blog sobre webmarketing?

Aparentemente nada, exceptuando ter sido noticiado pelo NY Times da existência de rumores de negociações entre a empresa facebook e Gibbs, para este incorporar os quadros da empresa, na área de comunicação.


Esta noticia já está a ser alvo de polémica, existindo já páginas no facebook que desaprovam esta situação: “Robert Gibbs is a Moron”.

Mas, e colocando-nos na posição de Gibbs, existem uma série de vantagens: melhor remuneração, assim como a eventual oferta pública do facebook o poderia tornar muito rico. Também pode ser encarado como um desafio profissional e pessoal: nunca trabalhou em comunicações fora da política, nem trabalhou para uma das empresas mais interessantes no mundo.

Ele também podia ser importante para a facebook em questões controversas e na qual a empresa tem sido muito criticada, como por exemplo nas questões de privacidade ou a – já mencionada – oferta pública. Certamente que os seus conhecimentos no meio público, também poderiam ser importantes e decisivos.

Ficam as - minhas - perguntas:
  1. O que ganhará a facebook com esta "aquisição"?
  2. Porque será que foi escondida esta negociação?
  3. O que podemos esperar de um alto quadro do facebook com ligações ao governo?
  4. Será o inicio de uma tentativa de controlo do governo norte-americano sobre uma rede social que permite aos seus utilizadores dizer – quase – tudo o que se pensa?
O futuro tratará de responder a estas questões e demonstrará o que se segue...



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2 comentários:

  1. José Costa,
    Se este Blog tivesse "Like" como no Fbook, poderias contar com o meu!
    Excelente noticia e da "Wanna be", mas com muito potencial, Teoria da Conspiração aqui despoletada!

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  2. Obrigado Vitor... Mas acima de tudo existe uma sensação de que alguma coisa estranha se passa...
    Será controlo? Não sei... Será oportunismo? Também não sei...

    Provavelmente é só as "verdinhas" (vide dólar) a falar ao bolso de mais um politico...

    Ou então, pura e simplesmente, a empresa precisa de alguém para aquela posição e este senhor calhou de estar livre...

    Ou será que o Obama vai apostar ainda mais na web 2.0? Andar nas primárias deve ser cansativo e "penoso". Sempre podia evitar o "contacto" público, passando para uma realidade - mais - virtual com os eleitores.

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