sexta-feira, 25 de maio de 2012

Consumidor Fazedor

Nasceu o consumidor fazedor

por Filipe Gil24 de Maio - 2012
A crise criou um novo consumidor, o consumidor fazedor. Este é um dos resultados do estudo realizado pelo C-The Consummer Intelligence Lab (C-Lab) sobre consumo e que indica que novos valores entre os consumidores estão a surgir como resposta à crise.

O estudo foi apresentado ontem (dia 23 de maio) durante o seminário sobre “Futuras Tendências no Mercado de Produtos de Grande Consumo” organizado pela Centromarca.
O estudo indica que 10% dos consumidores passaram a produzir algo em casa para vender, sendo que 48% retomou os hobbys”, sobretudo na cozinha ou em trabalhos manuais. “Estes dados podem ser importantes e uma oportunidade para as marcas perceberem onde podem criar ligações com o consumidor”, indicou Clara Cardoso do C-Lab.
Nova realidade de consumo
“Está a ser construída uma nova realidade e uma nova consciencialização no consumo e se em setembro de 2011 50% dos inquiridos respondiam não conhecer as medidas da troika e a forma como ira ser afetado por elas, no início de 2012 68,4% o consumidor já faz um planeamento dos seus gostos, e isso passou a ser a prioridade máxima”, sublinhou a responsável do C-Lab.
Outra das questões abordadas durante a apresentação do estudo da C-Lab foi o facto dos últimos meses o consumidor ter preferido a compra da MDD existindo um impacto na compra de produtos de marcas de fabricante.
Numa análise feita com dados da rede Redunicre mostra que desde 2008 até 2012 tem existido uma diminuição do consumo que recuou 27% nas saídas à noite, -12% em ginásios com o pagamento de compras nos hipers e supermercados a diminuírem 4%.
Dado relevante deste estudo é o de indicar que 38,8% dos consumidores que viram de alguma forma o seu consumo ser alterado pelo difícil clima económico mostra-se satisfeito com essa situação, e vê como um “ajustamento do consumo”, e mais de metade dos consumidores inquiridos no estudo não vê este ajustamento de forma negativa, pois consciencializou-se que existia um excesso no consumo. Esta indicação não inclui os consumidores muito afetados pela crise, sublinhou Clara Cardoso.

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