sábado, 7 de junho de 2014

Sabiam que ...

O conceito Governo Eletrónico prende-se numa estratégia para modernizar e impulsionar a proximidade relacional dos cidadãos e das empresas com a Administração Pública, oferecendo serviços mais eficientes, de melhor qualidade e cujo acesso é mais facilitado. Desta forma, a sua implementação é vista como uma medida de extrema relevância para promover a cidadania, estimular a mudança das organizações públicas, difundir a tecnologia e incrementar a inclusão de sistemas e processos com vista ao envolvimento digital, através do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação. Porém, para o seu sucesso é necessário, muito mais que tecnologia. É fundamental que se envolva neste caso, um leque de funcionários públicos especializados e com competências capazes de garantir os direitos e deveres dos cidadãos, não existindo portanto, apenas a tecnologia no seu conteúdo integral de modernização.
A nível europeu, o Governo Eletrónico é um dos fortes apoios do eEurope e visa a prolificação de uma economia mais competitiva e empreendedora, melhorando as condições de empregabilidade e a estabilidade social das populações. Na perspetiva da Comissão Europeia, o Governo Eletrónico é a utilização de TIC na Administração Pública, agrupado com a modificação organizacional e desenvolvimento de novas aptidões, com o objetivo de impulsionar os serviços públicos, os processos democráticos e fortificar o apoio às políticas públicas. Este visa então ser um governo informatizado, mas acessível e ágil apto a receber, defrontar e conceber uma interação com vista a uma sociedade, mais equilibrada e organizada. Com isto amplia-se a cidadania, diminui-se a burocracia, desenvolvesse a clareza na gestão e adequa-se a participação dos cidadãos na inspeção do poder público, sendo que para a Comissão Europeia possui as seguintes cinco fases de desenvolvimento: informação; interação simples; interação bidirecional; transação e personalização.
No caso português, foram criados entidades e compartições de serviços muitas vezes assentes em estruturas verticais e dispersas, o que causou uma Administração, por vezes difícil de gerir. Porém, nos dias de hoje já estão a ser reformados ao resguardo do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) um colossal esforço para estimular a utilização das tecnologias de informação como um agente propulsivo de uma mudança organizacional, constituindo a oportunidade que Portugal tem para estimular a reforma dos serviços em duas perspetivas fulcrais: a remodelação de todo o BackOffice que suporta o conjunto de serviços; e a definição de um novo FrontOffice graças à implementação e adaptação de novos e antigos serviços, disponibilizando aos cidadãos novas maneiras de ingresso à Administração Pública.
O que podemos retirar desta sumula é que, Portugal nos últimos anos tem realizado uma aposta clara na modernização da Administração Pública e no seu relacionamento com a sociedade, propagando uma melhoria na qualidade de vida dos cidadãos e a competitividade entre as organizações.

1 comentário:

  1. Olá Raquel,
    Em 2012, o PRACE foi substituído pelo PREMAC, um Programa de Redução e Melhoria da Administração Pública. Não querendo entrar por considerações políticas, a verdade é que estamos atualmente em pleno processo de regressão e a melhoria de que falas é questionada todos os dias pelos cidadãos e pela própria comunicação social. Contudo, foram efetivamente implementadas boas práticas na administração pública (antes, durante e até depois do PRACE), merecedoras de maior divulgação e notoriedade. Algumas delas podem ser consultadas em http://www.boaspraticas.com/ ou através do portal IGOV (www.i-gov.org).

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