quinta-feira, 16 de junho de 2016

Estudo Deloitte Consumer Review: Digital Predictions 2016

digital tablet
Recentemente, a Deloitte divulgou o estudo Deloitte Consumer Review: Digital Predictions 2016, que identifica as seis tendências tecnológicas que poderão ter um maior impacto sobre as empresas de bens de consumo e retalho este ano.
Desde a tecnologia cognitiva ao touch commerce e à partilha de fotografias, os avanços digitais estão a redefinir as relações entre os consumidores e as empresas.
Estas são as principais conclusões:

1.      A tecnologia cognitiva irá revolucionar a experiência do cliente
·       As tecnologias cognitivas estão a mudar radicalmente a forma como as empresas e os consumidores interagem. O ano de 2016 irá provavelmente registar mais uma importante etapa na revolução de toda a experiência do cliente.
·        Mais de 80 das 100 maiores empresas globais de software empresarial irão integrar estas tecnologias nos seus produtos até ao final deste ano. Os números deverão ficar perto dos 95 por cento até 2020.
·        Os processos de machine learning, o processamento de linguagem natural e o reconhecimento da fala estão entre as tecnologias cognitivas que deverão ser adotadas pelas empresas de consumo este ano. Isto irá não só promover uma maior interação entre consumidores e marcas, mas também, tornar os processos de compra mais convenientes.

2.      Realidade Virtual: Um nicho para os consumidores, mas uma oportunidade para as empresas
·        O Mercado da Realidade Virtual (RV) poderá atingir um volume de negócios de mil milhões de dólares em 2016, oferecendo novas oportunidades às empresas que pretendem criar uma experiência de consumo mais envolvente.
·        Com a venda de aproximadamente 2,5 milhões de equipamentos de RV e 10 milhões de jogos este ano, a análise indica que esta tecnologia está a começar a ganhar tração no mercado de consumo.
·        Os hotéis e os retalhistas automóveis, por exemplo, podem agora oferecer aos clientes uma visita às suas instalações em RV. Esta tecnologia pode ainda suportar campanhas de promoção de marca e a reformulação das experiências de compra.
·        Apesar de tudo, existem ainda alguns obstáculos que podem condicionar a adoção desta tecnologia por parte de alguns consumidores, nomeadamente alguns problemas de utilização.
·        À medida que as empresas de consumo vão experimentando esta tecnologia, a utilização mais alargada da RV poderá obrigar a algumas alterações de comportamento por parte dos consumidores.

3.      Maior conectividade, maior acesso a serviços
·        As ligações à internet a velocidades de gigabits-por-segundo podem alargar os horizontes das empresas de consumo este ano, devendo-se observar um aumento estimado do número de ligações para os 10 milhões, perto do final de 2016. Apesar desta estimativa traduzir um aumento 10 vezes superior ao do ano passado, admite-se que cerca de 600 milhões de subscritores possam vir a usufruir de planos gigabit até 2020.
·        As empresas de consumo devem considerar, a designada internet gigabit, que  vai permitir a oferta de serviços e funcionalidades que não eram possíveis a velocidades inferiores. Estas ligações possibilitam tempos de carregamento mais rápidos para os websites, permitindo conteúdos de maior qualidade assim como imagens detalhadas de produtos, vídeos e elementos interativos.
·        A banda larga gigabit irá também suportar inovações como a RV e a Internet das Coisas (IoT’s), bem como aumentar a utilização de anúncios televisivos orientados para um target específico e melhorar as aplicações móveis.

4.      Pagamentos móveis: uma nova onda de crescimento para o m-commerce
·        Este ano vai assistir-se a um aumento de 150 por cento no número de pessoas que paga as suas compras através do telemóvel, com recurso a serviços de pagamento tácteis, fixando-se nos 50 milhões de utilizadores globais.
·        A tecnologia acelera os processos de pagamento móvel, muitas vezes de utilização complexa, recorrendo à autenticação por impressão digital. Isto significa que a diferença que existe entre o tempo de navegação e o processo de compra real, através de aplicações móveis, poderá começar a diminuir em 2016.
·        No entanto, com os serviços de pagamento “táteis” orientados para as aplicações atuais, os retalhistas poderão necessitar de desenvolver opções de pagamento mais simples em websites optimizados para equipamentos móveis. Vale a pena sublinhar que o acesso ao website via telemóvel continua a ser o primeiro ponto de contacto com a marca para muitos clientes.

5.      Mobilidade em primeiro lugar
·        Os equipamentos móveis continuarão a desempenhar um papel crucial nos hábitos de consumo dos mais jovens este ano. Apesar desta realidade, a adoção generalizada de laptops vai manter-se com os consumidores a usarem o PC como complemento dos seus smartphones e tablets.
·        Assim, prevê-se que os utilizadores com uma idade compreendida entre os 18 e os 24 anos se revelem os mais permeáveis à utilização de um PC este ano, depois dos números indicarem que, em 2015, 86% possuía um computador portátil.
·        Pelo facto de os laptops facilitarem o trabalho, a gestão dos conteúdos multimédia armazenados e as compras online mais complexas, as empresas de consumo deverão criar os seus serviços web a pensar não só num ambiente móvel, mas também de PC. É importante manterem sempre presente que o cliente utiliza distintos equipamentos durante o processo de compra.


6.      Partilha de fotografias: o comércio entrou nas redes sociais
·        O estudo da Deloitte aponta para a partilha ou armazenamento online de 2,5 triliões de imagens em 2016,mais 15 por cento que o ano passado, o que significa que as comunicações web irão tornar-se ainda mais visuais/gráficas e importantes para as marcas.
·        O crescimento da partilha de imagens pode ajudar as empresas de consumo a aproveitarem o ambiente das redes sociais como mais uma oportunidade comercial, especialmente numa altura em que algumas plataformas de networking começam a adoptar os botões “Compre já” e outras funcionalidades.
·        Ainda assim, as marcas terão que gerir cuidadosamente esta nova realidade, procurando selecionar imagens que sejam autênticas, que gerem interesse e que sejam de alta qualidade.

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